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segunda-feira, 9 de julho de 2012

QUANTO VALE UM BOM ALUNO?

                                                    Fonte: Imagens do Google



             Por: Ety  Moraes
          Qual é o seu preço?
          Quanto você vale em dinheiro?
          Tenho feito estas perguntas em minhas reflexões, a resposta quase que invariavelmente é: não tem preço.Pois, tem sim.
          Muitos diretores, coordenadores, professores, educadores, responsáveis, ou seja lá o nome que se de a pessoa responsável pela educação, ou a um setor da mesma, tem dificuldades de explicar ou convencer seus colaboradores, subordinados, empregados ou pessoas que lhe prestem contas da real importância dos seus alunos e o quanto eles são preciosos para a nossa própria vida. No entanto usam de mil artifícios e estratégias para convencer a todos do contrário, que a culpa é do governo, da família, da sociedade e da desigualdade de classes. Os resultados, em geral, são sofríveis. As pessoas não conseguem entender (ou não fazem força para tanto), não se importam, ou pior, não conseguem perceber como elas são a parte mais importante neste processo todo. Os resultados em geral são desastrosos: mau atendimento, baixa motivação, desleixo com o próprio trabalho e com o trabalho de outros, falta de parceria e ajuda mútua entre vários outros.
          São ofertados cursos, artigos, apostilas, conversas, enfim, toda sorte de mecanismos para tentar incutir nas mentes das pessoas, que trabalham com educação, a real importância de um aluno, o seu devido valor.
         Mas existe um método que pode ajudar os responsáveis pelos resultados da má educação: Chama-se cálculo do aluno perdido.
Imagine que você tenha acabado de comprar um carro zero e ao parar no farol vermelho, tenha sido assaltado por um garoto fora da idade escolar; mais ou menos 20 anos; que tenha freqüentado até a quarta série; tenha desistido de estudar por ter ouvido de sua antiga professora, num ato de descontrole, que era um retardado por não ter conseguido responder a uma questão simples de matemática; e que era um vagabundo; e que não chegaria nunca a lugar algum se continuasse na vagabundagem. Imagine que este mesmo garoto tenha sido seu aluno e que só não chegou mais longe por seu desencorajamento. Imagine que sua atitude o fez não se esforçar mais e acreditar em seu próprio potencial. Mas o cálculo não para por aí. Existem estudos que indicam que uma pessoa de  baixa auto-estima tende a não chegar a lugar algum mesmo, e que outras pessoas são capazes de levantar ou derrubar a auto-estima de outras dependendo de suas atitudes.
          Continuando nossa conta, suponha que esse garoto não tenha passado por suas mãos e que você não tenha nada a ver com isso. Mas alguém tem. Com certeza  maus professores ou maus pais, pois quantos  destes garotos estão na bandidagem, ou  sendo maus profissionais, maus atendentes, maus enfermeiros, maus faxineiros, maus motoristas, maus pais, maus funcionários públicos, maus advogados, maus médicos e tantos outros maus... Simplesmente por que passaram também pelas mãos de maus professores: descompromissados em fazer a diferença por um mundo melhor.
          É claro que nem tudo está em nossas mãos, não somos deuses. Mas somos semideuses, se quisermos.
          O  valor de um aluno, isso sim, está em nossas mãos. Você pode constatar  isso indo, por exemplo,  a um simples banheiro público e sentir o aroma das flores por que o auxiliar de serviços gerais, que ali trabalha, tem o compromisso com o que faz. Teve um professor que lhe ensinou que, independente de sua profissão, há que se ter  compromisso com aquilo que se faz, pois faz toda diferença. Seu professor lhe ensinou que temos que fazer a diferença onde quer que estejamos. Ele ensinou-lhe que essa diferença é visível quando vamos à uma padaria, ao caixa de um banco, à uma repartição pública, a uma escola, a um advogado ou a um médico, e  encontramos aqueles que pelas mãos de bons profissionais perceberam que podem fazer a diferença, nos tratando com respeito e dignidade, fazendo deste mundo algo melhor.
          Pois o mundo não está perdido, nós é que estamos perdendo o mundo e o valor que temos e depositamos nos outros ao ter consciência do quanto temos que investir para que esse valor seja cada vez maior.
         Ou seja, todos perdem quando a educação perde, pois este aluno será alguém no mundo mas e o que o mundo será para ele?
         A última parte do raciocínio da importância de um aluno recai justamente sobre a consciência das pessoas e como umas se ligam nas outras em todo o processo.
         Imagine um navio. Esta embarcação começa a se encher de água na popa, você trabalha na proa. Quando se pensa em um barco é fácil entender que se nada for feito o navio vai acabar afundando. E que a responsabilidade é de todos.
         Quando se trata da educação, as pessoas têm mais dificuldade de entender que suas atitudes, seus atos, vão interferir em todo o processo e que você é responsável pelo futuro dos outros profissionais. Isto em razão de que se todos  forem excelentes no trato com as pessoas, seres humanos como nós, teremos bons faxineiros, lixeiros, garis, domésticas, policiais,advogados, juízes, políticos, pais etc. Ou seja, tudo é da conta de todos, afinal se nada for feito vai entrar água demais no navio e ele acaba naufragando.
         Um sorriso, um abraço, um gesto de carinho, respeito não é uma simples atitude é um desejo ou necessidade. O aluno não quer apenas aprender conteúdos, ele necessita ter exemplos de bondade, solidariedade, amizade, humildade ou simplesmente a satisfação de um desejo. Portanto, não estamos apenas cumprindo um dever, estamos aqui para fazer a diferença e dar ao aluno seu devido valor.
          A partir daqui, o convencimento desses valores fica por sua conta, no entanto, nunca esqueça: um aluno perdido tem um valor muito alto para se brincar de ser profissional, pois a vida não tem replay. Você só tem uma chance. Por isso: FAÇA A DIFERENÇA!
         E por fim, trate sempre seus alunos da mesma forma que gostaria que tratassem seus filhos, como reais seres humanos, pois todos que, direta ou indiretamente, lidam com a educação influenciam no resultado final da vida.

 *Texto adaptado do texto original: Quanto vale (em dinheiro) um cliente Por: Fábio Luciano Violin


...” SE HÁ ALGO QUE OS EDUCANDOS BRASILEIROS PRECISAM SABER, DESDE A MAIS TENRA IDADE, É QUE A LUTA EM FAVOR DO RESPEITO AOS EDUCADORES E À EDUCAÇÃO INCLUI QUE A BRIGA POR SALÁRIOS MENOS IMORAIS É UM DEVER IRRECUSÁVEL E NÃO SÓ UM DIREITO DELES. A LUTA DOS PROFESSORES EM DEFESA DE SEUS DIREITOS E DE SUA DIGNIDADE DEVE SER ENTENDIDA COMO UM MOMENTO IMPORTANTE DE SUA PRÁTICA DOCENTE, ENQUANTO PRÁTICA ÉTICA. NÃO É ALGO QUE VEM DE FORA DA ATIVIDADE DOCENTE, MAS ALGO QUE DELA FAZ PARTE. O COMBATE EM FAVOR DA DIGNIDADE DA PRÁTICA DOCENTE É TÃO PARTE DELA MESMA QUANTO DELA FAZ O RESPEITO QUE O PROFESSOR DEVE TER À IDENTIDADE DO EDUCANDO, À SUA PESSOA, A SEUS DIREITO DE SER. UM DOS PIORES MALES QUE O PODER PÚBLICO VEM FAZENDO A NÓS, NO BRASIL, HISTORICAMENTE, DESDE QUE A SOCIEDADE BRASILEIRA FOI CRIADA, É O DE FAZER MUITOS DE NÓS CORRER O RISCO DE, A CUSTO DE TANTO DESCASO PELA EDUCAÇÃO PUBLICA, EXISTENCIALMENTE CANSADOS, CAIR NO INDIFERENTISMO FATALISTAMENTE CÍNICO QUE LEVA AO CRUZAMENTO DOS BRAÇOS. "NÃO HÁ O QUE FAZER" É O DISCURSO ACOMODADO QUE NÃO PODEMOS ACEITAR ”...PAULO FREIRE

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