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segunda-feira, 9 de julho de 2012

A RACIONALIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Fonte:Imagens Google


 
É visível que estamos vivendo um momento histórico com a marca de consideráveis mudanças em vários setores da sociedade. A Globalização e a era da Informação, juntamente com os grandes avanços tecnológicos do Mundo de hoje que crescem numa velocidade antes inimaginável.
Perceber o papel da educação nos momentos históricos e caracterizá-los para um melhor entendimento da forma como a contemporaneidade vem influenciar a vida dos sujeitos em nossa época é um trabalho de confronto e síntese de desafios psicológicos, culturais, econômicos, sociais e simbólicos. Diante de uma sociedade totalmente diferente de décadas atrás, uma sociedade pós-Industrializada, inteiramente consumista, individualista e que não se preocupa mais com o coletivo, pois a luta pela sua sobrevivência torna o indivíduo narcisista. Onde os novos paradigmas educacionais devam ter como ponto de partida o real papel da educação frente a este novo contexto é importante primeiro para entender tais mudanças relembrar o inicio da fase moderna até os dias atuais: O inicio da modernidade teve como acontecimento principal o iluminismo no século XVIII. O homem começa a valorizar a arte e redescobre na cultura greco-romana uma corrente de pensamento humanista.
Para os iluministas a razão é o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender a justiça em todos os âmbitos, tanto sociais como econômicos, culturais, religiosos, portanto e também educacionais.
Marcada pela racionalização e produção extraordinária do saber, também com o advento da máquina a vapor, fator relevante para o inicio do sistema capitalista.
Uma luta contra o conservadorismo e emancipação da humanidade trouxe a reorganização do trabalho e os meios de produção que desencadearam a Revolução Industrial e novas descobertas científicas como a eletricidade, petróleo, telégrafo, o telefone o avião e a televisão, além da urbanização e crescimento das cidades e o novo papel do campo como fornecedor de matéria prima para fortalecer a economia urbana.
O pensamento moderno tentou manter a união entre os indivíduos e a sociedade, mas o sistema capitalista que também crescia com ele privilegiava a racionalidade em detrimento ao sujeito e sua subjetividade. Embora a educação também tenha sofrido consideráveis mudanças, passando de uma educação somente escolástica para uma educação também voltada para a racionalização, à mesma, passa a privilegiar uns enquanto exploram outros, e nessa dinâmica aprisiona toda a sociedade. Agindo como um instrumento de dominação e divisão social de classes, gerando ainda sua alienação. Pois quanto mais a sociedade se desenvolvia, consequentemente atribuíam-se mais valores as coisas materiais, mais desvalorizados ficavam o mundo dos homens e mais evidente sua alienação.
As reformas educacionais, além de serem provocadas pelas transformações políticas, sociais e econômicas que estavam ocorrendo, também eram impulsionadas pelas idéias pedagógicas que chegavam da Europa, em favor da renovação de métodos e processos de ensino. Compreendendo três grandes correntes:
1. A educação básica (elementar) para todos, como meio de submissão/cidadania;
2. A educação em consonância com a categoria social;
3. A educação elementar em consonância com o que a so­ciedade espera de cada indivíduo (profissional).
A falta de esperança até mesmo na educação faz com que os indivíduos sejam levados pelo imediatismo para superar suas novas dificuldades frente a este novo contexto. Tudo em detrimento do capitalismo que atingiu seu ápice no que se refere a desigualdades sociais. Momento este de crise que se vivenciou nas décadas de 70, somadas à crise na periferia do sistema capitalista de 80 e com a derrota do socialismo em 90 que acarretaram segundo alguns estudiosos ao colapso da modernização. Que além de ter apagado as esperanças em valores universais fizeram com que o sujeito histórico se esgotasse e fragmentasse diante de tantas incertezas.
A racionalidade ao mesmo tempo em que impulsionou as idéias modernistas, também ocupou o lugar do fator de desapontamento ideológico moderno. Os saberes se multiplicaram, mas houve também a necessidade, para que ocorresse o fluxo de comunicação, de fragmentação do conhecimento e como conseqüência sua perda de significação. O que antes transmitia a impressão de certezas agora gera grandes incertezas o que nos leva a possibilidade de estar-se caminhando para pós-modernidade. Para alguns estudiosos estamos em pleno período moderno, já para outros frente a todas essas mudanças num momento que alguns chamam pós-modernismo.
O pensamento pós-moderno trazem consigo novos paradigmas que atrelados aos antigos demonstram que não existem modelos impostos, abrindo o caminho para os questionamentos, confrontações e livre negociação.
A questão pós-moderna está em encontrar um eixo entre as incertezas políticas e científicas para formulação de novas propostas, almejando a comunhão dos saberes, onde a escolha de um conhecimento não significa que o outro deva ser invalidado ou esquecido, sendo possível vislumbrar a constituição de uma nova hegemonia que tenha os ideais liberais em sua perspectiva, que poderá dar conta de extinguir o capitalismo já em crise.
As teses pós-modernas lidam com o conhecimento demonstrando que este deva pensar no futuro, nem que para isso tenha-se que reformular as teses antigas, tomando o cuidado para que os conceitos capitalistas não os impeçam, já que sua finalidade é o conformismo, dando importância às subjetividades tanto quanto a racionalidades, visando integrá-las. Para tal este novo período deve dar conta de pensar uma nova ciência e uma nova ordem social que possa superar todos esses novos acontecimentos, tendo a educação como ferramenta libertária para uma mudança de fato, que atenda as reais necessidades dos indivíduos, cabendo-lhe livrá-los da condição alienante imposta por este sistema, que dê condições ao mesmo, de pensar e lutar por tal liberdade. Que desenvolva um ser humano completo e autônomo, tanto nas dimensões sociais, culturais e políticas comprometidas em seu agir pedagógico com a transformação de valores que devam tomar conta do contexto atual, para que o indivíduo possa ser capaz de lidar com as novas relações emergentes. Não num modelo educacional único, mas um meio termo que leve em conta as diferentes teorias e práticas pedagógicas já existentes para um pensamento plural, que seja capaz de formar um sujeito livre e ao mesmo tempo social. Mas um problema que envolva não só a escola, antes sim a família e a sociedade em geral, pois representa um desafio econômico, social e cultural que precisa ser resolvido.

REFERÊNCIAS
MELO, Renata Rosa Oliveira de. Formação integral e pós-modernidade: Qual educação para qual sujeito? 2008. 61 f. Monografia (Graduação em Pedagogia) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de janeiro. 2008.

O ILUMINISMO numa nova visão. In RECANTO DAS LETRAS. Disponível em:< http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2371644>. Acesso em: 28 mai. 2012.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Guia impresso dos cursos de graduação em Pedagogia na modalidade à distância: 2011-2012. Uberlândia: UFU, 2012.

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