Antigamente
o homem trabalhava para manutenção da própria existência, cada trabalhador
podia se identificar com o fruto de seu trabalho, hoje não trabalhamos em prol
de algo próprio. O produto do trabalho passa a ser posse de outros. O trabalho
passa a ser formativo, conforme os desafios novas formas de resolução de
problemas são desenvolvidas, a aprendizagem acontece no trabalho, mas passa a
ter outro valor, valendo aquilo pelo que ele pode ser trocado.
A
Educação não tem escapado as expressões sobre a divisão do trabalho no contexto
social em que vivemos atualmente, de uma sociedade capitalista, reproduzindo a
sociedade de classes, o modelo de organização escolar baseado no modelo de
organização do trabalho de empresas é algo corriqueiro e os impactos desastrosos
na construção da identidade docente. Neste sentido, parece ficar claro que os
processos de reestruturação educacional propostos pelas políticas neoliberais
têm um impacto sobre o trabalho docente, aprofundando processos de
intensificação do mesmo.
No
mundo competitivo de hoje, onde a velocidade das informações são cada vez
maiores e o corporativismo que muda a cada minuto, com a modernização e os
avanços tecnológicos, as privatizações, reestruturações produtivas, políticas
econômicas e fiscais, e a sociedade que está cada vez mais conectada, ao
conhecimento e á tecnologia.
A Educação é desafiada a estabelecer, sistematicamente,
novos diferenciais para o Mercado e Gestão de Pessoas, exigindo da mesma cada
vez mais competências e resultados significativos, papel este ligado a gestões
que participam ativamente dos processos nas organizações que se fartam no uso
de novas ferramentas para ajudá-los a administrar melhor sua mão de obra,
negando com isto a autonomia docente. Contradizendo a aparente e discursiva forma de autonomia escolar, mas
fortalecendo a centralização dos processos de avaliação do sistema de ensino e
de controle do trabalho pedagógico, que definem, ao fim e ao cabo, o conteúdo e
a forma daquilo que os professores e as professoras devem ensinar.
Comprometendo a construção de uma práxis que valorize e qualifique a efetiva
construção da identidade docente.
REFERÊNCIAS
BIOPODER. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. 2012. Disponivel em : < http://pt.wikipedia.org/wiki/Biopoder>. Acesso em : 29 fev. 2012.
HYPOLITO,
Álvaro Moreira; VIEIRA, Jarbas Santos; PIZZI, Laura Cristina Vieira. Reestruturação curricular e auto intensificação
do Trabalho docente. Currículo sem Fronteiras, Pelotas Vol.9. n.
2, pp.100-112, Jul/Dez 2009
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Guia Impresso do
curso de graduação nas modalidades à distância: 2011-2012. Uberlândia: UFU,
2012
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