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segunda-feira, 9 de julho de 2012

EDUCAÇÃO, MEMORIAL


                                                          Fonte: Imagens Google


Se olharmos a evolução da educação no país, perceberemos que por quase três décadas caminhamos lentamente e, em certos momentos, até estagnamos, frente a tantas outras mudanças, historicamente falando. Mas, mesmo com o olhar focado no futuro, os avanços alcançados pelas novas tecnologias e na área educacional foram, embora lentos, consideráveis, se levarmos em conta o maior avanço alcançado nesta área: promover a educação que parta do conhecimento do educando, suas vivências, identidade, cultura e saberes particulares. Uma educação voltada à construção do conhecimento e autonomia do cidadão. Uma educação para a vida!
                Recentemente, em muitos debates e encontros educacionais, têm-se discutido esses avanços na área educacional. Vários padrões pré-estabelecidos em décadas passadas tornaram-se obsoletos nesse novo século. Frente a esta questão, também é questionável se o Pedagogo, Educador, Professor, ou qualquer outro profissional que está inserido neste novo contexto, se encontre realmente preparado para todas essas mudanças.
                Buscando explicitar o papel, como parte integrante da segunda turma de alunos do curso de Pedagogia à Distância, da UFU, atrelados a este contexto, este texto visa identificar o papel e o trabalho do Pedagogo nos espaços educativos; sua complexidade diante desses avanços e frente a esses desafios; suas implicações.

 Assim como a história tem mudado, certos conceitos também: conceito de família, sociedade. E ainda, junto a tudo isso, a Globalização e a era tecnológica vêm exigindo da educação, novas competências e saberes que necessitam de um olhar mais apurado diante desta problemática.
                Historicamente a Pedagogia sempre esteve atrelada à atividade do ensino, tanto na teoria quanto na prática. Hoje compreende um conjunto de doutrinas, princípios e métodos baseados no estudo de idéias de determinada concepção de vida, além de uma interface com diversas áreas do conhecimento (Filosofia, Psicologia, História, Sociologia, entre outras), se utilizando delas para compor sua base teórica e seus fundamentos. Busca imprimir no sujeito as características de humanização plena, que se dão em meio às relações sociais: Uma relação com a cultura que envolve uma prática cultural de produção e internalização de significados.
                Ao longo desta conquista, a Pedagogia, apesar de estar explicitamente ligada à ação educativa, serve aos propósitos e finalidades políticas, que tem relação com projetos de gestão social e com uma política da sociedade que se quer ter. Ela investiga a realidade educacional, sempre em transformação, para alcançar objetivos de intervenção metodológica, organizacional perante a transmissão e assimilação de saberes e modos de ação.
                O pedagogo, por sua vez, atua em várias instâncias da prática educativa (ESCOLARES E NÃO ESCOLARES), direta e indiretamente ligada a esses mesmos processos que são previamente definidos em sua contextualização histórica. Posto isto, cabe ao Pedagogo atuar nessa organização dos processos educativos de forma crítica, criativa e transformadora, de modo a tornar os conteúdos assimiláveis pelos educandos, para possibilitar a passagem do saber espontâneo para o saber sistematizado e garantir o acesso ao saber cientifico, assessorando o processo de ensino-aprendizagem.
Tudo isso na busca de desenvolver e aprimorar a relação professor-aluno, quanto à elaboração e adequação destes saberes, identificando as dificuldades e propondo formas de superá-las.
                Nesse contexto, o pedagogo tem que respeitar os saberes dos educandos, sua identidade e incorporá-los aos novos conteúdos.Tendo-o ainda como uma responsabilidade ética no exercício de sua tarefa docente. E a melhor forma de pô-la em prática é testemunhá-la, vivenciá-la e saber lidar com as mesmas de maneira coerente, cumprindo seu papel para favorecer a escola a cumprir também sua função social: a democratização do conhecimento na perspectiva de uma educação de qualidade pela valorização e respeito de sua cultura. Relato aqui minhas expectativas, dificuldades, e desafios encontrados ao longo do curso e toda minha trajetória pra se chegar nele, tentando alcançar os objetivos proposto pelo mesmo.

Meu nome é M. S. M. Sou Educadora Infantil em uma escola de periferia há quase dez anos, concursada desde 2003. Formei-me pelo CEFAM, um curso específico na formação para o Magistério em nível Médio, em São Paulo, Capital, cidade Natal, com duração de cinco anos, em horário integral, com uma bolsa de estudos vinculada ao mesmo como ajuda de custo, no valor de um salário mínimo. Ingressei ainda adolescente, com idade já avançada, pois já havia concluído o ensino Médio normal, ingressei com 19 anos, solteira e com muitas expectativas para o futuro. Vi neste curso a esperança de mudar minha realidade infantil de periferia, e uma história de miséria e sem muitas oportunidades.
Estudei todo o Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas, sem perspectiva de cursar uma Faculdade, na época, devido a questões financeiras, advindas de uma família pobre de seis irmãos, de pais separados. Optei pelo CEFAM, que já me garantia uma profissão. Mas mal sabia eu que ele me daria muito mais além disso. Graças a todos os competentíssimos professores, não citarei nenhum para não correr o risco de esquecer-me de alguns. Todos, sem exceção, tiveram o compromisso, não só de formar profissionais, antes sim, cidadãos conscientes de seus deveres frente à educação. Porém não posso deixar de citar a coordenadora do mesmo, excelentíssima Senhora ELIANE, não me lembro de seu sobrenome, pois ela nos tratava como iguais e isso não era relevante. Com maestria, sem espaço físico ou infraestura, materiais adequados, apenas contando com a boa vontade e compromisso de todos os envolvidos, a mesma conseguiu realizar tal proeza. Pois muitos de meus colegas de curso, da época, são hoje pessoas conceituadíssimas no meio. Mesmo os que seguiram outras áreas não deixaram de ser excelentes profissionais, fato dado, graças a este curso intitulado CEFAM, de São Paulo Capital, em Interlagos e claro a ela nossa coordenadora, por sua fantástica administração.
Concluído em 1993, atuei os dois primeiros anos como estagiária remunerada e depois oito anos como Professora Primária, atuando desde a primeira até a quarta série do Ensino Fundamental, numa época onde o Construtivismo surgia como uma nova proposta educacional, além de inovadora. Não tive grandes dificuldades, pois a bagagem obtida no CEFAM me fez dona de uma premiação pela participação em um concurso no ano de 1997, participação intitulada pelo MEC como práticas de alfabetização voltadas para o construtivismo, tendo como titulo: “Descobrindo o Mundo das Letras.”
                Em 1998 mudei-me, já casada e com um filho de quatro anos, para Uberlândia. Me apaixonei pela cidade por ser cria de uma cidade de pedra, e pela qualidade de vida que poderia vir a proporcionar aos meus entes queridos, me encantou.Atuei na área educacional como educadora de uma ONG por três anos: Outra experiência incalculável, pois lá conheci outro ser humano maravilhoso, a coordenadora MARILDA.   Onde aprendi que para lidar com seres humanos, basta ter humanidade. Isso ela tinha de sobra.
                Em 2003 passei no Concurso da Prefeitura Municipal, onde atuo há quase dez anos como Educadora Infantil, em uma EMEI.
                Em 2009, depois de prestar o ENEM por cinco vezes consecutivas, consegui uma bolsa integral no curso de Processos Gerenciais na Universidade do Norte do Paraná- UNOPAR, local onde realmente aprendi o que é um curso à distância. Tranquei no último semestre, pois passei no vestibular da Universidade Federal de Uberlândia, segunda turma à distância. Senti-me obrigada a ter que cursar Pedagogia, devido as novas Leis e Diretrizes educacionais. Optei pelo Curso de Pedagogia à distância devido à falta de tempo para me locomover e também para não precisar encarar novamente os bancos de uma sala de aula convencional tendo que conviver com alguns descompromissados. Vi neste curso a oportunidade de melhorar meu currículo, capacitar-me e atualizar-me.
 Embora acredite que o CEFAM além de capacitar-me para tal, capacitou-me para a vida. Quanto ao quesito atualização, não percebi ainda algo que o CEFAM já não me tenha ensinado. Acredito que a práxis tenha me oferecido muito mais bagagem que este curso, para mim ele está sendo apenas uma formação continuada, sem muitas novidades. Mas enfim, temos que nos submeter ao sistema. Hoje, mãe de dois filhos pré-adolescentes... Só espero agora conseguir deixar o meu nome na história de muitos, como alguém que lutou pela transformação do mundo e VENCEU! Não este mundo em termos globais, mas o mundo de quem, pelas minhas mãos, mudará sua história, mediante aquilo que construímos juntos: UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
        

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