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sábado, 7 de julho de 2012

A REVOLUÇÃO EDUCACIONAL ILUMINISTA

Fonte: imagens google


         
Por: Ety Moraes

Para entender-se a Revolução educacional iluminista, tem-se antes que entender-se o pensamento que derivou tal fim. Antes o que predominava era o pensamento dominante da Igreja Católica, denominada Paidéia Medieval, a Educação da época que era eminentemente religiosa mesmo fora dos âmbitos das instituições Eclesiásticas, onde a razão era conduzida pela fé, pois a Igreja precisa preservar o mundo cultural, por causa de sua importância. Fazendo uma reflexão do mundo e ordenando-o, dentro de sua lógica de pensamento, para se obter tal domínio. Constituindo um modelo educacional permeado por todas essas condições. Mantendo o conhecimento vinculado a uma idéia de fé e monopolizado pela Igreja.
                Abusos cometidos pela Igreja Católica a faz perder sua identidade e prestígio. Com a burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho.  O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos. Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão). A avidez material da Igreja expressa na venda de indulgências, na exploração servil dos trabalhadores em suas terras e na cobrança de impostos, as imoralidades e a corrupção do clero afetavam o espírito religioso do povo, que preocupado com a salvação da alma, não podia acreditar que uma Igreja desmoralizada fosse capaz de salvar os fiéis do inferno.
O homem começa a valorizar a arte e redescobre na cultura greco-romana uma corrente de pensamento humanista.
                Com as mudanças relacionadas ao contexto histórico do século XVIII e suas várias transformações na sociedade da época, nascem com elas as idéias Renascentistas, sobrevindas dos pensamentos de filósofos, humanistas e iluministas, que desencadearam uma reforma contra a Igreja, mas tais divergências não eram apenas religiosas, porque representavam as alterações sociais e econômicas que mergulharam a Europa em lutas sanguinolentas, já que a Igreja Católica desencadeia uma forte reação contra a expansão da chamada reforma religiosa.
                No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza. O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.
                Neste século um grupo de pensadores começa a se organizar debatendo a Paidéia Medieval, em busca da justiça e de acabar com o estado absolutista em que se encontravam por conta das idéias da Igreja e que afastavam os homens de seu direito natural à felicidade. Para os iluministas a razão é o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender a justiça em todos os âmbitos, tanto sociais como econômicos, culturais, religiosos, portanto e também educacionais. A racionalização dos hábitos era uma das grandes idéias dos iluministas. Por isso as instituições religiosas eram sistematicamente atacadas por esses pensadores. Embora tais instituições educacionais, em seu modo organizacional, tenham trazido impactos consideráveis à constituição da escola moderna.
                A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinha como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais, marcando a passagem do mundo medieval para o moderno.
Instalava-se então uma nova visão otimista, onde o homem não precisasse interromper seu progresso que contava com o pleno uso da racionalidade.
                  Segundo Descartes, filósofo francês que viveu no século anterior ao iluminismo, mas considerado precursor do mesmo por suas idéias, a razão é a única via segura pelo qual o conhecimento do mundo era obtido, defendia a possibilidade de alcance de uma verdade absoluta, onde era necessário duvidar de todo pensamento e de todo conhecimento acumulado anteriormente. Esse novo caminho, da dúvida à experimentação e formulação, demonstra visivelmente que predomina a constituição dos preceitos racionalistas do iluminismo.
                Todo esse pensamento culminou também na educação onde antes se atribuíam à criança modos de pensar e sentimentos anteriores à razão e aos bons costumes. Cabia aos adultos desenvolver nelas o caráter e a razão antes dominada pela fé. No lugar de procurar entender e aceitar as diferenças e semelhanças das crianças, a originalidade de seu pensamento, substituindo a aprendizagem como meio de comunicação por um sentimento inteiramente novo: onde os pais se interessavam pelos estudos dos seus filhos, a família começou a se organizar em torno da criança e a lhe dar tal importância que a criança saiu de seu antigo anonimato e tornou-se necessário limitar seu número para melhor cuidar dela.
                A mudança de paradigma no que se refere ao conceito de infância, adultos imperfeitos, e a maneira como a infância é vista atualmente e sua educação é conseqüência das constantes transformações pelas quais passamos no decorrer da história e é de extrema importância para compreendermos a dimensão que a infância ocupa atualmente. Assim, a noção de educação na modernidade se articula dentro de uma perspectiva de constantes mudanças dentre elas, a Revolução iluminista, amparada pela autoridade do saber de seus porta vozes.


REFERÊNCIAS 
ALVES, Gilberto Luiz. Origens da escola moderna no Brasil: A contribuição jesuítica. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a16v2691.pdf>. Acesso em: 28 Mai. 2012. 

CALDEIRA, Laura Bianca. O conceito de infância no decorrer da história.  Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_te-
ses/Pedagogia/o_conceito_de_infancia_no_decorrer_da_historia.pdf. Acesso em: 15 Mai. 2012. 

MARTINS, Reinaldo. Evolução do pensamento medieval (fé x razão). Disponível em: < http://www.professorreinaldo.com.br/arquivos/pensamento_medieval.pdf>. Acesso em: 08 mai.2012.

O ILUMINISMO numa nova visão. In RECANTO DAS LETRAS. Disponível em:< http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2371644>. Acesso em: 28 mai. 2012.

SOUSA, Rainer. Iluminismo / A Razão Cartesiana. Disponível em:< http://www.brasilescola.com/historiag/iluminismo.htm>. Acesso em: 28 Mai. 2012. 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Guia impresso dos cursos de graduação em Pedagogia na modalidade à distância: 2011-2012. Uberlândia: UFU, 2012.

 

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