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terça-feira, 10 de julho de 2012

EDUCAÇÃO X NOVAS TECNOLOGIAS


Fonte: Imagens do Google




No Mundo Globalizado de hoje onde a velocidade das Informações é como antes nunca imaginável, devido ao avanço dos meios de comunicação e a forma como o homem vem evoluindo, descobrindo novos saberes e práticas além de novas formas de transformar de maneira cada vez mais complexa o mundo que o cerca, se adaptando a ele na busca de aperfeiçoá-lo e criar facilidades para sua vida. Era de se esperar que a Educação seguisse rumo a essas novas tecnologias e buscasse se adequar as mesmas para não se tornar obsoleta.
A Educação depara-se ainda nesse processo de Planejamento e Avaliação, para que possa ser inserida dentro deste novo contexto, com grandes desafios e busca ainda relacionar um ao outro. E como tudo que é novo, ainda há o preconceito e aceitação, habituar-se a todas essas mudanças de uma hora para outra não é coisa fácil, mas este novo ambiente exige educadores “tecnopedagogos”, capazes de construírem seu próprio material, para que os alunos interajam com o conteúdo produzido, sem deixá-los perdidos numa confusão de dados, ferramentas e tecnologias com uma avaliação que seja inerente a este processo. Isso exige um novo posicionamento por parte de todos os envolvidos.
E para ser diferente é preciso ser multimídia, sem que seja uma prática mecanicista e funcionalista, mas que amplie a construção do conhecimento e que envolva todos os sujeitos sociais, que não seja instrumento para mascarar o tradicionalismo, mas uma educação construtivista. Com um posicionamento crítico, fundamentado, com aprofundamento e atitude para essa mudança, onde todas as contribuições dos atores deste processo sejam não só desafiadoras, mas algo significativo para uma educação dinâmica e de qualidade.
As novas tecnologias não devem ser a solução dos problemas educacionais antes sim os meios para solucioná-los. Como um instrumento de auxilio para o educador e não um instrumento para substituí-lo. Mas que o mesmo possa estar se reciclando e se capacitando continuamente para enfrentar este novo desafio.


 
                            REFERÊNCIAS 

ALVES, Antonia. EAD Planejar de olho no sujeito social/TICs, uma nova postura na Educação/Educação: Resistência ou medo das novas tecnologias interativas. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=7941&categoria=4>. Acesso em 09 jun. 2012.  

DUARTE, Bento J.A importância da capacitação do educador para mudanças em sua prática pedagógica quanto à utilização do computador na educação. Disponível em:< http://www.recantodasletras.com.br/artigos/552277>. Acesso em: 09 jun.2012 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Guia impresso dos cursos de graduação em Pedagogia na modalidade à distância: 2011-2012. Uberlândia: UFU, 2012.



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segunda-feira, 9 de julho de 2012

A RACIONALIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Fonte:Imagens Google


 
É visível que estamos vivendo um momento histórico com a marca de consideráveis mudanças em vários setores da sociedade. A Globalização e a era da Informação, juntamente com os grandes avanços tecnológicos do Mundo de hoje que crescem numa velocidade antes inimaginável.
Perceber o papel da educação nos momentos históricos e caracterizá-los para um melhor entendimento da forma como a contemporaneidade vem influenciar a vida dos sujeitos em nossa época é um trabalho de confronto e síntese de desafios psicológicos, culturais, econômicos, sociais e simbólicos. Diante de uma sociedade totalmente diferente de décadas atrás, uma sociedade pós-Industrializada, inteiramente consumista, individualista e que não se preocupa mais com o coletivo, pois a luta pela sua sobrevivência torna o indivíduo narcisista. Onde os novos paradigmas educacionais devam ter como ponto de partida o real papel da educação frente a este novo contexto é importante primeiro para entender tais mudanças relembrar o inicio da fase moderna até os dias atuais: O inicio da modernidade teve como acontecimento principal o iluminismo no século XVIII. O homem começa a valorizar a arte e redescobre na cultura greco-romana uma corrente de pensamento humanista.
Para os iluministas a razão é o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender a justiça em todos os âmbitos, tanto sociais como econômicos, culturais, religiosos, portanto e também educacionais.
Marcada pela racionalização e produção extraordinária do saber, também com o advento da máquina a vapor, fator relevante para o inicio do sistema capitalista.
Uma luta contra o conservadorismo e emancipação da humanidade trouxe a reorganização do trabalho e os meios de produção que desencadearam a Revolução Industrial e novas descobertas científicas como a eletricidade, petróleo, telégrafo, o telefone o avião e a televisão, além da urbanização e crescimento das cidades e o novo papel do campo como fornecedor de matéria prima para fortalecer a economia urbana.
O pensamento moderno tentou manter a união entre os indivíduos e a sociedade, mas o sistema capitalista que também crescia com ele privilegiava a racionalidade em detrimento ao sujeito e sua subjetividade. Embora a educação também tenha sofrido consideráveis mudanças, passando de uma educação somente escolástica para uma educação também voltada para a racionalização, à mesma, passa a privilegiar uns enquanto exploram outros, e nessa dinâmica aprisiona toda a sociedade. Agindo como um instrumento de dominação e divisão social de classes, gerando ainda sua alienação. Pois quanto mais a sociedade se desenvolvia, consequentemente atribuíam-se mais valores as coisas materiais, mais desvalorizados ficavam o mundo dos homens e mais evidente sua alienação.
As reformas educacionais, além de serem provocadas pelas transformações políticas, sociais e econômicas que estavam ocorrendo, também eram impulsionadas pelas idéias pedagógicas que chegavam da Europa, em favor da renovação de métodos e processos de ensino. Compreendendo três grandes correntes:
1. A educação básica (elementar) para todos, como meio de submissão/cidadania;
2. A educação em consonância com a categoria social;
3. A educação elementar em consonância com o que a so­ciedade espera de cada indivíduo (profissional).
A falta de esperança até mesmo na educação faz com que os indivíduos sejam levados pelo imediatismo para superar suas novas dificuldades frente a este novo contexto. Tudo em detrimento do capitalismo que atingiu seu ápice no que se refere a desigualdades sociais. Momento este de crise que se vivenciou nas décadas de 70, somadas à crise na periferia do sistema capitalista de 80 e com a derrota do socialismo em 90 que acarretaram segundo alguns estudiosos ao colapso da modernização. Que além de ter apagado as esperanças em valores universais fizeram com que o sujeito histórico se esgotasse e fragmentasse diante de tantas incertezas.
A racionalidade ao mesmo tempo em que impulsionou as idéias modernistas, também ocupou o lugar do fator de desapontamento ideológico moderno. Os saberes se multiplicaram, mas houve também a necessidade, para que ocorresse o fluxo de comunicação, de fragmentação do conhecimento e como conseqüência sua perda de significação. O que antes transmitia a impressão de certezas agora gera grandes incertezas o que nos leva a possibilidade de estar-se caminhando para pós-modernidade. Para alguns estudiosos estamos em pleno período moderno, já para outros frente a todas essas mudanças num momento que alguns chamam pós-modernismo.
O pensamento pós-moderno trazem consigo novos paradigmas que atrelados aos antigos demonstram que não existem modelos impostos, abrindo o caminho para os questionamentos, confrontações e livre negociação.
A questão pós-moderna está em encontrar um eixo entre as incertezas políticas e científicas para formulação de novas propostas, almejando a comunhão dos saberes, onde a escolha de um conhecimento não significa que o outro deva ser invalidado ou esquecido, sendo possível vislumbrar a constituição de uma nova hegemonia que tenha os ideais liberais em sua perspectiva, que poderá dar conta de extinguir o capitalismo já em crise.
As teses pós-modernas lidam com o conhecimento demonstrando que este deva pensar no futuro, nem que para isso tenha-se que reformular as teses antigas, tomando o cuidado para que os conceitos capitalistas não os impeçam, já que sua finalidade é o conformismo, dando importância às subjetividades tanto quanto a racionalidades, visando integrá-las. Para tal este novo período deve dar conta de pensar uma nova ciência e uma nova ordem social que possa superar todos esses novos acontecimentos, tendo a educação como ferramenta libertária para uma mudança de fato, que atenda as reais necessidades dos indivíduos, cabendo-lhe livrá-los da condição alienante imposta por este sistema, que dê condições ao mesmo, de pensar e lutar por tal liberdade. Que desenvolva um ser humano completo e autônomo, tanto nas dimensões sociais, culturais e políticas comprometidas em seu agir pedagógico com a transformação de valores que devam tomar conta do contexto atual, para que o indivíduo possa ser capaz de lidar com as novas relações emergentes. Não num modelo educacional único, mas um meio termo que leve em conta as diferentes teorias e práticas pedagógicas já existentes para um pensamento plural, que seja capaz de formar um sujeito livre e ao mesmo tempo social. Mas um problema que envolva não só a escola, antes sim a família e a sociedade em geral, pois representa um desafio econômico, social e cultural que precisa ser resolvido.

REFERÊNCIAS
MELO, Renata Rosa Oliveira de. Formação integral e pós-modernidade: Qual educação para qual sujeito? 2008. 61 f. Monografia (Graduação em Pedagogia) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de janeiro. 2008.

O ILUMINISMO numa nova visão. In RECANTO DAS LETRAS. Disponível em:< http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2371644>. Acesso em: 28 mai. 2012.

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INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE


                       
                                                        Fonte: Imagens Google
                         
Antigamente o homem trabalhava para manutenção da própria existência, cada trabalhador podia se identificar com o fruto de seu trabalho, hoje não trabalhamos em prol de algo próprio. O produto do trabalho passa a ser posse de outros. O trabalho passa a ser formativo, conforme os desafios novas formas de resolução de problemas são desenvolvidas, a aprendizagem acontece no trabalho, mas passa a ter outro valor, valendo aquilo pelo que ele pode ser trocado.
A Educação não tem escapado as expressões sobre a divisão do trabalho no contexto social em que vivemos atualmente, de uma sociedade capitalista, reproduzindo a sociedade de classes, o modelo de organização escolar baseado no modelo de organização do trabalho de empresas é algo corriqueiro e os impactos desastrosos na construção da identidade docente. Neste sentido, parece ficar claro que os processos de reestruturação educacional propostos pelas políticas neoliberais têm um impacto sobre o trabalho docente, aprofundando processos de intensificação do mesmo.
No mundo competitivo de hoje, onde a velocidade das informações são cada vez maiores e o corporativismo que muda a cada minuto, com a modernização e os avanços tecnológicos, as privatizações, reestruturações produtivas, políticas econômicas e fiscais, e a sociedade que está cada vez mais conectada, ao conhecimento e á tecnologia.
A Educação é desafiada a estabelecer, sistematicamente, novos diferenciais para o Mercado e Gestão de Pessoas, exigindo da mesma cada vez mais competências e resultados significativos, papel este ligado a gestões que participam ativamente dos processos nas organizações que se fartam no uso de novas ferramentas para ajudá-los a administrar melhor sua mão de obra, negando com isto a autonomia docente. Contradizendo a aparente e discursiva forma de autonomia escolar, mas fortalecendo a centralização dos processos de avaliação do sistema de ensino e de controle do trabalho pedagógico, que definem, ao fim e ao cabo, o conteúdo e a forma daquilo que os professores e as professoras devem ensinar. Comprometendo a construção de uma práxis que valorize e qualifique a efetiva construção da identidade docente.
REFERÊNCIAS 

BIOPODER. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. 2012. Disponivel em : < http://pt.wikipedia.org/wiki/Biopoder>. Acesso em : 29 fev. 2012. 

HYPOLITO, Álvaro Moreira; VIEIRA, Jarbas Santos; PIZZI, Laura Cristina Vieira. Reestruturação curricular e auto intensificação do Trabalho docente. Currículo sem Fronteiras, Pelotas Vol.9. n. 2, pp.100-112, Jul/Dez 2009  

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A FAVOR DA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO.

Fonte: Imagens Google

É muito triste alguém chegar a um ponto da vida, olhar para trás e ver que nada do que desejou, conseguiu fazer, simplesmente viveu uma vida comum. É nato do ser humano preocupar- se com o futuro. Planejar, nada mais é do que o trabalho de preparação para qualquer empreendimento, no qual se estabelecem os objetivos, etapas, prazos e meios para sua concretização.
Planejar, em primeiro lugar, é definir um foco, situar-se dentro da própria vida e definir um rumo, com marcos específico a serem alcançados. O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão dos objetivos que se quer alcançar. Sem planejamento, os obstáculos se tornam empecilhos para se chegar aos objetivos; obstáculos estes que poderiam ter sido previstos. Sem planejamento, se dá voltas e voltas e não se chega a lugar algum.
O principal objetivo do planejamento é garantir que o que se quer realizar não fique apenas no querer, num desejo vago, garantir que se tenha uma real oportunidade de se tornar realidade. Planejar é programar as ações que aos poucos vão construindo nossos sonhos e objetivos. Quem não planeja tem muito pouca chance de conseguir realizar o que quer. Mas também o planejamento não servirá de nada se o mesmo não for primeiramente realizável, executado, avaliado e o mais importante corrigido, se necessário, para se chegar enfim aos objetivos propostos para se tornarem reais.
Na Educação isto não se dá de forma diferente, para desenvolver estratégias e as relações pretendidas na área. Assim o planejamento educacional deve ser feito no âmbito global, envolvendo todos os membros da organização, a fim de que assumam seu papel perante suas responsabilidades e suas atuações diante do que foi planejado, atingindo assim o sucesso operacional do que se planejou. De que adiantaria criar inúmeras possibilidades de acontecimentos se não existir comprometimento e o objetivo firme e decisivo de transformar o planejamento em realidade sem que se compreenda o porque e para que se planeja. Descentralizando na realidade “as responsabilidades” para se alcançar a Educação almejada.                         


REFERÊNCIAS


TEIXEIRA, Maria Adélia. O planejamento em educação: revisando conceitos para mudar concepções e práticas. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/fundam02.htm>. Acesso em: dia 16 Mar. 2012. 

SOISTAK, Jorge. A importância do Planejamento. Disponível em: < http://www.classecontabil.com.br/servlet_art. php?id=637>Acesso em: 14 mar. 2012.

O PAPEL DA EDUCAÇÃO E DA VIDA EM SOCIEDADE: A CONSTITUIÇÃO DA HUMANIDADE DOS HOMENS


Fonte: Imagens Google


Um dos objetivos da Sociologia é compreender as diferentes sociedades e suas culturas, tendo como base teórica- metodológica o estudo dos fenômenos sociais, analisando os seres humanos e tentando explicá-los em suas relações de interdependência.
Para tanto, busca-se primeiro entender o conceito de sociedade, como um conjunto de pessoas que compartilham um propósito. Sendo, a sociedade, objeto de estudo comum entre as ciências sociais. O conceito de indivíduo como, pessoa considerada isoladamente, em relação a uma coletividade. E cultura como, modos apropriados e necessários de pensar, sentir e agir. Isso inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume dos seres humanos como membros da sociedade. Resumidamente: cultura refere-se aos padrões, às crenças e às atitudes que fazem as pessoas agirem como agem.
Entende-se que o individuo e a sociedade estão interligados um ao outro, pois uma sociedade não existe sem os indivíduos, assim como os indivíduos só existem dentro de uma sociedade, um não pertence ao outro, coexistem ambos. O que os diferenciam são as estruturas aos quais os mesmos estão inseridos e interagindo. Ou seja, sua cultura, visto que, os comportamentos sociais de sociedade para sociedade são os mais variados e diversos em significados culturais. Padrões estes, de comportamento, que identificam as diferentes estruturas entre as sociedades.
Então qual é o papel da educação dentro dessas estruturas?
Ao longo da história, situamos a idade Moderna e contemporânea, para relatar na realidade o papel que realmente quer-se que a educação nos dias atuais cumpra, para que essa humanização de uma sociedade justa e igualitária se faça de fato.
Veja, a três grandes correntes a que educação tem-se embasado até então:
1. A educação básica (elementar) para todos, como meio de submissão/cidadania;
2. A educação em consonância com a categoria social;
3. A educação elementar em consonância com o que a so­ciedade espera de cada indivíduo (profissional).
Mas na atual conjuntura e contexto em que vivemos, frente às novas e tantas tecnologias, a Era da Informação e Comunicação, além da Globalização, torna-se cada vez mais imprescindível que a educação seja antes de tudo uma ferramenta cultural, onde as banalidades correntes das novas mídias, não façam da cultura da humanidade em geral, e quando digo cultura digo a todo esse legado de décadas conquistado, instrumento mercadológico de dominação de massas.
É preciso que a educação tome as rédeas do conhecimento como algo de direito ao sujeito social, que deva ser antes de tudo, construtor de seu conhecimento e capaz de articulá-lo para sua plena ação como cidadão. Necessidade esta para que a perpetuação da espécie humana não se extinga pela própria falta de humanização dos seres que a compõe.
Como diz Edgar Morin (1921), que a Educação deva ter o compromisso global de educar não só para Vida, mas para “SER HUMANO,” com propósitos comuns a toda a humanidade, de um dever comum de uma política planetária. Não esta política de classes que cada vez mais degradam nosso Planeta na busca de maiores vantagens, de uma pequena e efêmera parcela da humanidade, que apenas quer usurpar através da Educação, e nos aprisionar apenas em seus interesses.

REFERÊNCIAS

MORIN, Edgar, 1921-Os sete saberes necessários à educação do futuro / tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000. 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Guia impresso dos cursos de graduação em Pedagogia na modalidade à distância: 2011-2012. Uberlândia: UFU, 2012.

EDUCAÇÃO, MEMORIAL


                                                          Fonte: Imagens Google


Se olharmos a evolução da educação no país, perceberemos que por quase três décadas caminhamos lentamente e, em certos momentos, até estagnamos, frente a tantas outras mudanças, historicamente falando. Mas, mesmo com o olhar focado no futuro, os avanços alcançados pelas novas tecnologias e na área educacional foram, embora lentos, consideráveis, se levarmos em conta o maior avanço alcançado nesta área: promover a educação que parta do conhecimento do educando, suas vivências, identidade, cultura e saberes particulares. Uma educação voltada à construção do conhecimento e autonomia do cidadão. Uma educação para a vida!
                Recentemente, em muitos debates e encontros educacionais, têm-se discutido esses avanços na área educacional. Vários padrões pré-estabelecidos em décadas passadas tornaram-se obsoletos nesse novo século. Frente a esta questão, também é questionável se o Pedagogo, Educador, Professor, ou qualquer outro profissional que está inserido neste novo contexto, se encontre realmente preparado para todas essas mudanças.
                Buscando explicitar o papel, como parte integrante da segunda turma de alunos do curso de Pedagogia à Distância, da UFU, atrelados a este contexto, este texto visa identificar o papel e o trabalho do Pedagogo nos espaços educativos; sua complexidade diante desses avanços e frente a esses desafios; suas implicações.

 Assim como a história tem mudado, certos conceitos também: conceito de família, sociedade. E ainda, junto a tudo isso, a Globalização e a era tecnológica vêm exigindo da educação, novas competências e saberes que necessitam de um olhar mais apurado diante desta problemática.
                Historicamente a Pedagogia sempre esteve atrelada à atividade do ensino, tanto na teoria quanto na prática. Hoje compreende um conjunto de doutrinas, princípios e métodos baseados no estudo de idéias de determinada concepção de vida, além de uma interface com diversas áreas do conhecimento (Filosofia, Psicologia, História, Sociologia, entre outras), se utilizando delas para compor sua base teórica e seus fundamentos. Busca imprimir no sujeito as características de humanização plena, que se dão em meio às relações sociais: Uma relação com a cultura que envolve uma prática cultural de produção e internalização de significados.
                Ao longo desta conquista, a Pedagogia, apesar de estar explicitamente ligada à ação educativa, serve aos propósitos e finalidades políticas, que tem relação com projetos de gestão social e com uma política da sociedade que se quer ter. Ela investiga a realidade educacional, sempre em transformação, para alcançar objetivos de intervenção metodológica, organizacional perante a transmissão e assimilação de saberes e modos de ação.
                O pedagogo, por sua vez, atua em várias instâncias da prática educativa (ESCOLARES E NÃO ESCOLARES), direta e indiretamente ligada a esses mesmos processos que são previamente definidos em sua contextualização histórica. Posto isto, cabe ao Pedagogo atuar nessa organização dos processos educativos de forma crítica, criativa e transformadora, de modo a tornar os conteúdos assimiláveis pelos educandos, para possibilitar a passagem do saber espontâneo para o saber sistematizado e garantir o acesso ao saber cientifico, assessorando o processo de ensino-aprendizagem.
Tudo isso na busca de desenvolver e aprimorar a relação professor-aluno, quanto à elaboração e adequação destes saberes, identificando as dificuldades e propondo formas de superá-las.
                Nesse contexto, o pedagogo tem que respeitar os saberes dos educandos, sua identidade e incorporá-los aos novos conteúdos.Tendo-o ainda como uma responsabilidade ética no exercício de sua tarefa docente. E a melhor forma de pô-la em prática é testemunhá-la, vivenciá-la e saber lidar com as mesmas de maneira coerente, cumprindo seu papel para favorecer a escola a cumprir também sua função social: a democratização do conhecimento na perspectiva de uma educação de qualidade pela valorização e respeito de sua cultura. Relato aqui minhas expectativas, dificuldades, e desafios encontrados ao longo do curso e toda minha trajetória pra se chegar nele, tentando alcançar os objetivos proposto pelo mesmo.

Meu nome é M. S. M. Sou Educadora Infantil em uma escola de periferia há quase dez anos, concursada desde 2003. Formei-me pelo CEFAM, um curso específico na formação para o Magistério em nível Médio, em São Paulo, Capital, cidade Natal, com duração de cinco anos, em horário integral, com uma bolsa de estudos vinculada ao mesmo como ajuda de custo, no valor de um salário mínimo. Ingressei ainda adolescente, com idade já avançada, pois já havia concluído o ensino Médio normal, ingressei com 19 anos, solteira e com muitas expectativas para o futuro. Vi neste curso a esperança de mudar minha realidade infantil de periferia, e uma história de miséria e sem muitas oportunidades.
Estudei todo o Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas, sem perspectiva de cursar uma Faculdade, na época, devido a questões financeiras, advindas de uma família pobre de seis irmãos, de pais separados. Optei pelo CEFAM, que já me garantia uma profissão. Mas mal sabia eu que ele me daria muito mais além disso. Graças a todos os competentíssimos professores, não citarei nenhum para não correr o risco de esquecer-me de alguns. Todos, sem exceção, tiveram o compromisso, não só de formar profissionais, antes sim, cidadãos conscientes de seus deveres frente à educação. Porém não posso deixar de citar a coordenadora do mesmo, excelentíssima Senhora ELIANE, não me lembro de seu sobrenome, pois ela nos tratava como iguais e isso não era relevante. Com maestria, sem espaço físico ou infraestura, materiais adequados, apenas contando com a boa vontade e compromisso de todos os envolvidos, a mesma conseguiu realizar tal proeza. Pois muitos de meus colegas de curso, da época, são hoje pessoas conceituadíssimas no meio. Mesmo os que seguiram outras áreas não deixaram de ser excelentes profissionais, fato dado, graças a este curso intitulado CEFAM, de São Paulo Capital, em Interlagos e claro a ela nossa coordenadora, por sua fantástica administração.
Concluído em 1993, atuei os dois primeiros anos como estagiária remunerada e depois oito anos como Professora Primária, atuando desde a primeira até a quarta série do Ensino Fundamental, numa época onde o Construtivismo surgia como uma nova proposta educacional, além de inovadora. Não tive grandes dificuldades, pois a bagagem obtida no CEFAM me fez dona de uma premiação pela participação em um concurso no ano de 1997, participação intitulada pelo MEC como práticas de alfabetização voltadas para o construtivismo, tendo como titulo: “Descobrindo o Mundo das Letras.”
                Em 1998 mudei-me, já casada e com um filho de quatro anos, para Uberlândia. Me apaixonei pela cidade por ser cria de uma cidade de pedra, e pela qualidade de vida que poderia vir a proporcionar aos meus entes queridos, me encantou.Atuei na área educacional como educadora de uma ONG por três anos: Outra experiência incalculável, pois lá conheci outro ser humano maravilhoso, a coordenadora MARILDA.   Onde aprendi que para lidar com seres humanos, basta ter humanidade. Isso ela tinha de sobra.
                Em 2003 passei no Concurso da Prefeitura Municipal, onde atuo há quase dez anos como Educadora Infantil, em uma EMEI.
                Em 2009, depois de prestar o ENEM por cinco vezes consecutivas, consegui uma bolsa integral no curso de Processos Gerenciais na Universidade do Norte do Paraná- UNOPAR, local onde realmente aprendi o que é um curso à distância. Tranquei no último semestre, pois passei no vestibular da Universidade Federal de Uberlândia, segunda turma à distância. Senti-me obrigada a ter que cursar Pedagogia, devido as novas Leis e Diretrizes educacionais. Optei pelo Curso de Pedagogia à distância devido à falta de tempo para me locomover e também para não precisar encarar novamente os bancos de uma sala de aula convencional tendo que conviver com alguns descompromissados. Vi neste curso a oportunidade de melhorar meu currículo, capacitar-me e atualizar-me.
 Embora acredite que o CEFAM além de capacitar-me para tal, capacitou-me para a vida. Quanto ao quesito atualização, não percebi ainda algo que o CEFAM já não me tenha ensinado. Acredito que a práxis tenha me oferecido muito mais bagagem que este curso, para mim ele está sendo apenas uma formação continuada, sem muitas novidades. Mas enfim, temos que nos submeter ao sistema. Hoje, mãe de dois filhos pré-adolescentes... Só espero agora conseguir deixar o meu nome na história de muitos, como alguém que lutou pela transformação do mundo e VENCEU! Não este mundo em termos globais, mas o mundo de quem, pelas minhas mãos, mudará sua história, mediante aquilo que construímos juntos: UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
        

QUANTO VALE UM BOM ALUNO?

                                                    Fonte: Imagens do Google



             Por: Ety  Moraes
          Qual é o seu preço?
          Quanto você vale em dinheiro?
          Tenho feito estas perguntas em minhas reflexões, a resposta quase que invariavelmente é: não tem preço.Pois, tem sim.
          Muitos diretores, coordenadores, professores, educadores, responsáveis, ou seja lá o nome que se de a pessoa responsável pela educação, ou a um setor da mesma, tem dificuldades de explicar ou convencer seus colaboradores, subordinados, empregados ou pessoas que lhe prestem contas da real importância dos seus alunos e o quanto eles são preciosos para a nossa própria vida. No entanto usam de mil artifícios e estratégias para convencer a todos do contrário, que a culpa é do governo, da família, da sociedade e da desigualdade de classes. Os resultados, em geral, são sofríveis. As pessoas não conseguem entender (ou não fazem força para tanto), não se importam, ou pior, não conseguem perceber como elas são a parte mais importante neste processo todo. Os resultados em geral são desastrosos: mau atendimento, baixa motivação, desleixo com o próprio trabalho e com o trabalho de outros, falta de parceria e ajuda mútua entre vários outros.
          São ofertados cursos, artigos, apostilas, conversas, enfim, toda sorte de mecanismos para tentar incutir nas mentes das pessoas, que trabalham com educação, a real importância de um aluno, o seu devido valor.
         Mas existe um método que pode ajudar os responsáveis pelos resultados da má educação: Chama-se cálculo do aluno perdido.
Imagine que você tenha acabado de comprar um carro zero e ao parar no farol vermelho, tenha sido assaltado por um garoto fora da idade escolar; mais ou menos 20 anos; que tenha freqüentado até a quarta série; tenha desistido de estudar por ter ouvido de sua antiga professora, num ato de descontrole, que era um retardado por não ter conseguido responder a uma questão simples de matemática; e que era um vagabundo; e que não chegaria nunca a lugar algum se continuasse na vagabundagem. Imagine que este mesmo garoto tenha sido seu aluno e que só não chegou mais longe por seu desencorajamento. Imagine que sua atitude o fez não se esforçar mais e acreditar em seu próprio potencial. Mas o cálculo não para por aí. Existem estudos que indicam que uma pessoa de  baixa auto-estima tende a não chegar a lugar algum mesmo, e que outras pessoas são capazes de levantar ou derrubar a auto-estima de outras dependendo de suas atitudes.
          Continuando nossa conta, suponha que esse garoto não tenha passado por suas mãos e que você não tenha nada a ver com isso. Mas alguém tem. Com certeza  maus professores ou maus pais, pois quantos  destes garotos estão na bandidagem, ou  sendo maus profissionais, maus atendentes, maus enfermeiros, maus faxineiros, maus motoristas, maus pais, maus funcionários públicos, maus advogados, maus médicos e tantos outros maus... Simplesmente por que passaram também pelas mãos de maus professores: descompromissados em fazer a diferença por um mundo melhor.
          É claro que nem tudo está em nossas mãos, não somos deuses. Mas somos semideuses, se quisermos.
          O  valor de um aluno, isso sim, está em nossas mãos. Você pode constatar  isso indo, por exemplo,  a um simples banheiro público e sentir o aroma das flores por que o auxiliar de serviços gerais, que ali trabalha, tem o compromisso com o que faz. Teve um professor que lhe ensinou que, independente de sua profissão, há que se ter  compromisso com aquilo que se faz, pois faz toda diferença. Seu professor lhe ensinou que temos que fazer a diferença onde quer que estejamos. Ele ensinou-lhe que essa diferença é visível quando vamos à uma padaria, ao caixa de um banco, à uma repartição pública, a uma escola, a um advogado ou a um médico, e  encontramos aqueles que pelas mãos de bons profissionais perceberam que podem fazer a diferença, nos tratando com respeito e dignidade, fazendo deste mundo algo melhor.
          Pois o mundo não está perdido, nós é que estamos perdendo o mundo e o valor que temos e depositamos nos outros ao ter consciência do quanto temos que investir para que esse valor seja cada vez maior.
         Ou seja, todos perdem quando a educação perde, pois este aluno será alguém no mundo mas e o que o mundo será para ele?
         A última parte do raciocínio da importância de um aluno recai justamente sobre a consciência das pessoas e como umas se ligam nas outras em todo o processo.
         Imagine um navio. Esta embarcação começa a se encher de água na popa, você trabalha na proa. Quando se pensa em um barco é fácil entender que se nada for feito o navio vai acabar afundando. E que a responsabilidade é de todos.
         Quando se trata da educação, as pessoas têm mais dificuldade de entender que suas atitudes, seus atos, vão interferir em todo o processo e que você é responsável pelo futuro dos outros profissionais. Isto em razão de que se todos  forem excelentes no trato com as pessoas, seres humanos como nós, teremos bons faxineiros, lixeiros, garis, domésticas, policiais,advogados, juízes, políticos, pais etc. Ou seja, tudo é da conta de todos, afinal se nada for feito vai entrar água demais no navio e ele acaba naufragando.
         Um sorriso, um abraço, um gesto de carinho, respeito não é uma simples atitude é um desejo ou necessidade. O aluno não quer apenas aprender conteúdos, ele necessita ter exemplos de bondade, solidariedade, amizade, humildade ou simplesmente a satisfação de um desejo. Portanto, não estamos apenas cumprindo um dever, estamos aqui para fazer a diferença e dar ao aluno seu devido valor.
          A partir daqui, o convencimento desses valores fica por sua conta, no entanto, nunca esqueça: um aluno perdido tem um valor muito alto para se brincar de ser profissional, pois a vida não tem replay. Você só tem uma chance. Por isso: FAÇA A DIFERENÇA!
         E por fim, trate sempre seus alunos da mesma forma que gostaria que tratassem seus filhos, como reais seres humanos, pois todos que, direta ou indiretamente, lidam com a educação influenciam no resultado final da vida.

 *Texto adaptado do texto original: Quanto vale (em dinheiro) um cliente Por: Fábio Luciano Violin


...” SE HÁ ALGO QUE OS EDUCANDOS BRASILEIROS PRECISAM SABER, DESDE A MAIS TENRA IDADE, É QUE A LUTA EM FAVOR DO RESPEITO AOS EDUCADORES E À EDUCAÇÃO INCLUI QUE A BRIGA POR SALÁRIOS MENOS IMORAIS É UM DEVER IRRECUSÁVEL E NÃO SÓ UM DIREITO DELES. A LUTA DOS PROFESSORES EM DEFESA DE SEUS DIREITOS E DE SUA DIGNIDADE DEVE SER ENTENDIDA COMO UM MOMENTO IMPORTANTE DE SUA PRÁTICA DOCENTE, ENQUANTO PRÁTICA ÉTICA. NÃO É ALGO QUE VEM DE FORA DA ATIVIDADE DOCENTE, MAS ALGO QUE DELA FAZ PARTE. O COMBATE EM FAVOR DA DIGNIDADE DA PRÁTICA DOCENTE É TÃO PARTE DELA MESMA QUANTO DELA FAZ O RESPEITO QUE O PROFESSOR DEVE TER À IDENTIDADE DO EDUCANDO, À SUA PESSOA, A SEUS DIREITO DE SER. UM DOS PIORES MALES QUE O PODER PÚBLICO VEM FAZENDO A NÓS, NO BRASIL, HISTORICAMENTE, DESDE QUE A SOCIEDADE BRASILEIRA FOI CRIADA, É O DE FAZER MUITOS DE NÓS CORRER O RISCO DE, A CUSTO DE TANTO DESCASO PELA EDUCAÇÃO PUBLICA, EXISTENCIALMENTE CANSADOS, CAIR NO INDIFERENTISMO FATALISTAMENTE CÍNICO QUE LEVA AO CRUZAMENTO DOS BRAÇOS. "NÃO HÁ O QUE FAZER" É O DISCURSO ACOMODADO QUE NÃO PODEMOS ACEITAR ”...PAULO FREIRE

sábado, 7 de julho de 2012

LOTERIAS E O JEITINHO BRASILEIRO

                                                        Fonte:Imagens do Google

         
       
            Acredita-se hoje que somente ganhando uma bolada da noite para o dia as coisas podem melhorar!
           E a construção desta idéia NÃO vem sendo feita sistematicamente ao longo do tempo como uma questão econômica. Mas muito mais cultural.
            Desde o descobrimento e ao longo de nossa história, culturalmente falando, acredita-se que para tudo dá-se um jeito. Mais conhecido como nosso tão famoso JEITINHO BRASILEIRO.
           O brasileiro já se acostumou a viver sem esperanças, que as coisas realmente podem melhorar com o esforço de todos e de cada um.
          Visto o que têm acontecido todos os anos nas eleições, onde se elege famosidades.
         O que só tem contribuído para a perpetuação desta mentalidade medíocre
         A mentalidade do brasileiro de hoje é que, “PIOR DO QUE ESTÁ NÃO PODE FICAR!”
         Acredita-se mais no “TER”, do que no que se pode “SER” e, como melhorar cada vez mais esse nosso jeitinho de se fazer as coisas à custa do dinheiro fácil.
        Fazer o que? Sonhar ainda não é proibido não é mesmo?
         Mas é preciso também acordar e batalhar para que essa cultura não se fortaleça, e enfraquecendo, torne o desejo de mudança em algo mais palpável e real. Não utópico como muitos acreditam.
         Onde o papel da Educação, possa se tornar veículo e, uma das mais poderosas ferramentas para uma mudança de FATO e de fatos como esse!

DE QUEM É A CULPA?

                                                     Fonte: Imagens do Google

      
O Mundo Globalizado e as novas tecnologias trouxeram ao homem uma capacidade imensa de gerar informações em tempo real. Mas ao mesmo tempo o tornou incapaz de solucionar problemas tão simples como sua própria sobrevivência e a sobrevivência do meio em que vive. E tudo por não se dar conta de sua parcela de culpa em tudo que acontece em sua volta.
                Jogar a culpa nos governantes também não tem solucionado os problemas gerados pelo próprio homem.
               Os governantes por sua vez, também não enxergam a parcela de culpa que carregam, gastando milhões para consertar os estragos, do que preveni-los.
                E então? De quem é a culpa, se não de todos que votam em quem ao menos pode tentar prevenir parte desses problemas, acabando com as desigualdades e de melhorar a maior e melhor ferramenta que temos para minimizar isto tudo, “A EDUCAÇÂO.”
                Somente quando educar-se o homem para “SER HUMANO” pode-se pensar em salvar o Mundo. Que não é deste ou daquele, mas de todos nós “A RAÇA HUMANA”!
                E assim solucionar essa culpa, para se pensar no futuro!
                E Deus? Deus tem uma parcela de culpa?
Deus deu ao homem a capacidade de pensar e agir e, o livre arbítrio de escolher entre o que é certo e o que é errado e, cabe a Educação, ferramenta valiosa criada pelo homem, direcioná-lo.
                Se os milhões gastos para consertar os estragos feitos pelo homem, fossem gastos com EDUCAÇÃO.
                O homem seria capaz de enxergar sua parcela de culpa e salvar seu próprio Planeta!

EAD: Que BICHO é esse?

                                                      Fonte:Imagens Google

Austero, seu nome de batismo, mas também de um caráter inabalável, 42 anos. Um professor compromissado com tudo que se detinha a fazer, habilitado há mais de vinte anos no antigo Magistério, dezoito anos de experiência como professor do ensino Fundamental, competentíssimo, acreditava que poderia mudar o mundo, pois formava gente! Nunca conseguira cursar o ensino superior devido ao passado de menino pobre, de periferia, de vida humilde e regrada. Mas nunca perdera a esperança de um dia alcançar tal proeza.
Sempre sonhara em um dia poder frequentar a universidade, no curso de Pedagogia, completando assim seu desejo, ser um administrador escolar, e não somente formar gente, mas liderar um grupo de formadores.
Mas Austero acreditava que com as mudanças que vinham acontecendo, tanto na sociedade em geral, quanto na educação, não demoraria muito para que seu objetivo fosse alcançado. Para Austero a coisa mais importante do mundo era isso. Tentara muitas vezes passar em vestibulares públicos, e nada...
- Não posso desistir de meu sonho, dizia consigo. Tenho certeza que se não desanimar um dia vou conseguir.
Austero incubou a idéia, mas necessitava de um fato que o convencesse de maneira absoluta que sua dedicação não era vã, em busca de seu sonho, estudava muito.
Um dia aconteceu o que era tão esperado: Austero ganhara uma bolsa integral, num curso de Pedagogia, mas era à distância... Recebeu a notícia como uma porretada.
Pedagogo, ele!!! Nem acreditara - Mas a distância... Ficou encucado.
Não fazia idéia do que era – mas imaginava ele - Austero. Pe-da-go-go de um curso Universitário.
Passou a noite em claro, pensando como se daria isto. Pela manhã arrumou-se e foi ter com um amigo.
Tonho, fora seu professor no Magistério, era como um Guru para Austero, e sempre que precisava o procurava.
- Salve, Austero! O que o traz aqui assim tão cedo, caro amigo?
- Sabe, Mestre -era assim que Austero o chamava– ganhei uma bolsa de Pedagogia à distância e não faço idéia de como é isso. Já ouvi falar desses cursos por correspondência, e não sei não, se vale à pena, você sabe como eu sou. Costumo levar as coisas a sério, afinal é o meu maior sonho, mas será que em um curso á distância as coisas são sérias?
- Calma, meu amigo, também não é assim um bicho de sete cabeças. Claro que são sérias! As pessoas têm a mania de associar o ensino à distância a uma coisa que ele não é: o distanciamento do ensino ou da aprendizagem, mas na realidade ele apenas supera as distâncias.
- Como assim, mestre? Não vou ter uma faculdade “física”, um professor “físico”, e você ainda me diz que ele supera as distâncias? Como poderei eu aprender realmente com tanta distância de tudo?
- Então, como eu ia dizendo, a distância mesmo, só será na verdade, o espaço físico entre os alunos e o professor, pois os mesmos ocuparão espaços diferentes. Mas os métodos de ensino, devido essa separação, serão conduzidos mediante as fases interativas e pré- ativas, por palavras impressas, ou elementos mecânicos e/ou eletrônicos.
- Como assim? Ainda não entendi?
- Sabe, Austero, com a globalização e as novas tecnologias era de se esperar que a educação não ficasse para trás. Embora a educação à distância tenha a sua origem nas experiências de educação por correspondência e em meados do século XIX, com a utilização de novas mídias de interação, pode-se afirmar que o ensino à distância está vinculado às mídias de interação entre os sujeitos, ou seja, ao meio de comunicação utilizado para a manutenção do processo de ensino-aprendizagem, com apenas uma diferença, o distanciamento espacial e temporal entre professor e aluno.
- Mas como fica o papel do professor nisto tudo?- pergunta Austero ressabiado – Desta forma, daqui algum tempo, nossa profissão ficará extinta!
- Engano seu, caro amigo. O que a educação a distância propõe não é a extinção do professor, mas sim uma nova função para o mesmo!
- Nossa mestre, assim você me assusta! Quero fazer Pedagogia pra continuar a ser professor e você me diz que terei que mudar de função?
- Não, não... Você não entendeu. Função que eu digo, Não é profissão, mas a função do professor que eu digo é a de detentor do saber. No ensino à distância a função do professor será ser parte integrante de uma equipe, construtora do saber. Ele será o animador, o organizador, o incentivador e facilitador da aprendizagem, cabendo-lhe definir estratégias e propor atividades para que o aluno aprenda e, sobretudo, aprenda a aprender.
- Ah mestre, mas isso também deve ser assim em cursos presenciais.- Falou Austero muito confuso.
- Aí é que está, caro amigo! a questão da função também do aluno à distância!
- Como assim, função do aluno? - Austero parecia mais confuso ainda.
- Calma, eu vou explicar: O aluno à distância deve ter autodisciplina para o aprendizado, deve saber, motivado pelo professor, aprender a perguntar ou onde achar a informação e como estudá-la, para então ser sujeito da construção de seu próprio conhecimento, num processo individual e particular, através da interação com o ambiente e com os demais alunos envolvidos também neste processo, de forma reflexiva e ativa para sua real aprendizagem. Gerando um aprendizado mais dinâmico, no qual o estudante é o sujeito determinador do seu ritmo, da sua velocidade e do percurso a ser seguido nos estudos.
- Nossa mestre, isso tudo me parece tão complicado! Mas também me parece algo muito sério, pois como você mesmo colocou o ensino a distância está na verdade, a frente do presencial, pois esse aluno, mesmo no presencial deveria ter esse compromisso – Colocou Austero perplexo com tal seriedade.
- É verdade, Austero . Embora muitos ainda não entendam o compromisso do ensino à distância mediante a construção do conhecimento. O mesmo é apenas um novo formato ou modalidade de ensino aprendizagem, centrado no aluno, baseado no resultado, interativo, participativo, flexível quanto ao currículo, às estratégias de aprendizagem e envio. Não muito preso às instituições de aprendizado superior, por que pode também se dar nos lares e nos locais de trabalho rompendo com tradições e maneiras de se planejar o novo.
- Nossa mestre, tudo isso marca então uma nova era nos setores de comunicação e informação! – Complementa Austero, entendendo melhor o assunto.
- Mas, como você pode perceber, falta ainda muito investimento público nesta área para que a coisa fique ainda melhor e seja reconhecida sem preconceitos pela sociedade em geral, por falta de divulgação e conhecimento do que seja esse tal BICHO DE SETE CABEÇAS que você estava pensando que era o curso à distância, não é mesmo?
- Pois é! Mas agora você nem imagina o quanto estou orgulhoso por poder fazer parte deste novo contexto na área educacional. E poder fazer o curso que eu tanto sonhei de uma maneira tão inovadora e que, com certez,a revolucionará com os conceitos tradicionais de educação e contribuirá para a construção de um sistema educacional do futuro! –Agora mais eufórico do que nunca, diz Austero ao mestre tão querido -Eu sabia que só você seria capaz de tirar-me essa pulga atrás da orelha. Amanhã mesmo farei minha matrícula.
Tonho, também orgulhoso por saber que mais uma vez pode fazer parte desta passagem tão importante na vida de seu eterno admirador e aluno, contribuiu para sanar suas dúvidas e fazê-lo descobrir que bicho é esse! Ou melhor: que não existe bicho nenhum!

A EDUCAÇÃO E A IDEOLOGIA QUE A APRISIONA

        


Fonte: Imagens Google


Todas às vezes que nos encontramos é o mesmo dilema, o que todos que não estão envolvidos reclamam (maridos, filhos, parentes e amigos), que o assunto quando não é religião é EDUCAÇÃO! Mas isso já é de praxe, afinal, eu e minhas duas irmãs, uma mais velha e a outra mais nova, além de comungarmos a mesma religião, tivemos a mesma formação (CEFAM), mas isso já é outro assunto que cito em outro texto: EDUCAÇÃO MEMORIAL.
                Num desses bate papos sobre EDUCAÇÃO, surgiu à idéia de tentar colocar no papel tal divagação.
Que antigamente a Educação servia aos propósitos da Igreja. A chamada Educação eclesiástica.
                No decorrer e desenrolar da história, essa mesma Educação, quer fazer nos acreditar que isso é passado e que hoje vivemos uma Educação democrática que nos libertou dos comandos prisionais da Igreja. Sendo a Educação hoje, mais crítica, criativa querem que acreditemos que essa seja capaz de ser a Educação que realmente queremos. Uma Educação capaz de transformar o Mundo.
                 Mas não é bem assim, na realidade essa prisão que outrora era da Igreja, hoje é na verdade Estatal, ou seja, da política Estatal vigente. No contexto atual vivemos presos a uma ideologia Neoliberal que nos impõe a responsabilidade de fazer uma educação libertária, quando na verdade somos presos pelos desígnios dessa política.
Certo que, a Educação deva ser transformadora, crítica e inovadora, na realidade nos libertaram do antigo cárcere, e nos prenderam num ainda pior. Num cárcere ideológico.    
Temos é que na verdade, rebolar para alcançar tal proeza desde que não ultrapassemos tais grades, pois mudam se as políticas, mas os donos dos cárceres são sempre os mesmos, o Estado.
                Veja bem, não quero dizer com isso que a Educação não deva estar atrelada a uma ideologia, ou a princípios políticos. Antes sim, que a Educação deva ser obrigação do Estado, que tem a sua política. Mas, portanto, porém e, todavia que a Educação possa ter a sua própria ideologia, sua própria política. Uma política realmente democrática, que sirva aos propósitos globais.
                Como diz Edgar Morin (1921), que a Educação deveria ter o compromisso global de educar não só para Vida, mas para “SER HUMANO,” com propósitos comuns a toda a humanidade, de um dever comum de uma política planetária. Não esta política de classes que cada vez mais degradam nosso Planeta na busca de maiores vantagens, de uma pequena e efêmera parcela da humanidade, que apenas quer usurpar através da Educação, e nos aprisionar apenas em seus interesses.
                 Poderia ainda tentar descrever aqui intermináveis indagações sobre o assunto, mas cito novamente Morin, pelo mesmo elucidá-las com maestria:
[...] A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Estamos na era planetária; uma aventura comum conduz os seres humanos, onde quer que se encontrem. Estes devem reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo tempo reconhecer a diversidade cultural inerente a tudo que é humano [...] Como seres vivos deste planeta, dependemos vitalmente da biosfera terrestre; devemos reconhecer nossa identidade terrena física e biológica [...] A complexidade humana não poderia ser compreendida dissociada dos elementos que a constituem: TODO DESENVOLVIMENTO VERDADEIRAMENTE HUMANO SIGNIFICA O DESENVOLVIMENTO CONJUNTO DAS AUTONOMIAS INDIVIDUAIS, DAS PARTICIPAÇÕES COMUNITÁRIAS E DO SENTIMENTO DE PERTENCER À ESPÉCIE HUMANA [...] Cabe à educação do futuro cuidar para que a idéia de unidade da espécie humana não apague a idéia de diversidade e que a da sua diversidade não apague a da unidade. Há uma unidade humana. Há uma diversidade humana [...] A educação deverá ilustrar este princípio de unidade/diversidade em todas as esferas [...] A democracia comporta ao mesmo tempo a autolimitação do poder do Estado pela separação dos poderes, a garantia dos direitos individuais e a proteção da vida privada. A democracia, evidentemente, necessita do consenso da maioria dos cidadãos e do respeito às regras democráticas [...] A democracia necessita ao mesmo tempo de conflitos de idéias e de opiniões, que lhe conferem sua vitalidade e produtividade. Mas a vitalidade e a produtividade dos conflitos só podem se expandir em obediência às regras democráticas que regulam os antagonismos, substituindo as lutas físicas pelas lutas de idéias, e que determinam, por meio de debates e das eleições, o vencedor provisório das idéias em conflito, aquele que tem, em troca, a responsabilidade de prestar contas da aplicação de suas idéias [...] A democracia ainda não está generalizada em todo o planeta, que tanto comporta ditaduras e resíduos de totalitarismo do século XX, quantos germes de novos totalitarismos. Continuará ameaçada no século XXI? Além disso, as democracias existentes não estão concluídas, mas incompletas ou inacabadas. Os cidadãos são expulsos do campo político, que é cada vez mais dominado pelos “expertos”, e o domínio da “nova classe” impede de fato a democratização do conhecimento [...] A regeneração democrática supõe a regeneração do civismo, a regeneração do civismo supõe a regeneração da solidariedade e da responsabilidade, ou seja, o desenvolvimento da antropoética [...] Mas, sobretudo, a sala de aula deve ser um local de aprendizagem do debate argumentado, das regras necessárias à discussão, da tomada de consciência das necessidades e dos procedimentos [...] Por isso, a educação deveria mostrar e ilustrar o Destino multifacetado do humano: o destino da espécie humana, o destino individual, o destino social, o destino histórico, todos entrelaçados e inseparáveis. Assim, uma das vocações essenciais da educação do futuro será o exame e o estudo da complexidade humana. Conduziria à tomada de conhecimento, por conseguinte, de consciência, da condição comum a todos os humanos e da muito rica e necessária diversidade dos indivíduos, dos povos, das culturas, sobre nosso enraizamento como cidadãos da Terra... (MORIN, 1921)
Acredito nisso não como mais uma utopia, mas como cria que sou de uma Educação que me formou como ser pensante, atuante e não alienante. Acredito como futura Pedagoga. Que junto com aqueles que estiverem dispostos a se libertarem dessa ideologia Estatal, que poderemos libertar não só a educação, mas salvar a Humanidade de se extinguir à custa daqueles que querem fazer nos acreditar que nos aprisionando estaremos SALVOS!
          

“QUEM DISSE QUE A ESCOLA É UMA INSTITUIÇÃO FALIDA? ESTÁ COMPLETAMENTE ENGANADO! SERVE PERFEITAMENTE AOS PROPÓSITOS A QUE VEIO: DOMINAR OS MAIS FRACOS FAZENDO-OS ACREDITAR QUE ISSO É A SOLUÇÃO DA HUMANIDADE, QUANDO ELA MESMA ESTÁ DESUMANIZADA.” Darcy Ribeiro.